Sport Campeão da Copa do Nordeste 2014 Sport Campeão da Copa do Nordeste 2014 Sport Campeão da Copa do Nordeste 2014
Caminho do Leão
Introdução

A história do Sport na Copa do Nordeste é praticamente um roteiro de filme. Do drama inicial da quase eliminação, passando pelo suspense da classificação rodada a rodada até a emoção do tricampeonato. E principalmente com muita superação. A equipe que foi dada como desclassificada na primeira fase, passou às quartas de final, eliminou o técnico campeão do torneio em 2013, atropelou o arquirrival na semifinal e derrubou o favorito ao título: a máquina de gols cearense. São dez capítulos da trajetória rubro-negra até o reencontro com o título do Nordestão.

Capítulo 1 - Estreia com confusão, polêmicas e punições: Botafogo-PB 1x1 Sport
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Foram poucos dias de preparação para a temporada. O primeiro jogo oficial de 2014 foi justamente na estreia da Copa do Nordeste. O Sport enfrentou o Botafogo-PB, no estádio Almeidão, em João Pessoa. O placar de 1x1 não foi bom. Ainda assim foi muito melhor do que a atuação do Sport e, principalmente, as lamentáveis cenas protagonizadas pela torcida leonina e a Polícia Militar paraibana.

O jogo precisou ser paralisado porque as bombas de gás lacrimogêneo e o spray de pimenta atingiram até mesmo os jogadores. O STJD puniu os dois clubes. O Leão pelo mal comportamento da torcida, iniciando os conflitos no estádio, recebeu multa de R$ 15 mil e pena de mandar duas partidas com portões fechados. Já o Belo teve o Almeidão interditado, multa de R$ 6 mil e uma rodada sem a presença dos torcedores. A equipe paraibana ainda foi julgada e culpada por escalar dois atletas irregulares e perdeu quatro pontos.

Capítulo 2 - Cai o tabu de dez anos invicto contra o Timbu na Ilha: Sport 0x1 Náutico
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Foi o primeiro "soco no queixo" que o Sport levou nesta temporada. Um golpe irremediável no técnico Geninho e quase tão atordoante na equipe leonina. Em um Clássico dos Clássicos de pouca técnica, o Náutico apresentou as principais armas e chegou à primeira vitória na Ilha do Retiro.

Aos 39 minutos do primeiro tempo, o meio-campista Zé Mario recebeu passe de João Ananias, deslocou Magrão e deu início à festa do Timbu na casa do arquirrival. Com direito a festa do técnico Lisca no alambrado rubro-negro. Foram-se os dez anos sem perder para o Náutico na Ilha do Retiro.

Capítulo 3 - Fim da paciência leonina e protestos nas arquibancadas: Sport 0x0 Guarany
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Estreia sem vitória, derrota no Clássico dos Clássicos e empate contra o Guarany de Sobral por 0x0 dentro da Ilha do Retiro. Já era muito para a torcida rubro-negra. Depois de incentivar o time até debaixo de chuva, ao fim da partida, os rubro-negros manifestaram as revoltas. Entre vaias e gritos de "queremos jogador", a resposta das arquibancadas declaravam a insatisfação com o desempenho do Sport em campo.

Melhor para o Guarany de Sobral que praticamente encaminhou a classificação às quartas de final do Nordestão. O Guarasol assumiu a liderança do Grupo D com cinco pontos e complicou a situação do Sport no torneio.

Capítulo 4 - Derrota no Ceará, queda de Geninho e Leão fora de combate: Guarany 1x0 Sport
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O Sport precisava recuperar os pontos perdidos na Ilha do Retiro contra o Guarany de Sobral no Ceará. O Leão além de não vencer a partida foi derrotado pela equipe cearense e chegou a 135 minutos sem balançar as redes adversárias. A partir dali "chances" leoninas passaram a ser citadas sob a fiel companhia do trágico termo "matemáticas".

Após ser batido por 1x0 no Estádio Junco, seria necessário o Sport vencer os outros dois jogos – contra Náutico e Botafogo-PB – e torcer por uma combinação de resultados. O elenco rubro-negro foi criticado, o técnico Geninho deposto e o Leão era visto como fora de combate na Copa do Nordeste.

Capítulo 5 - Reviravolta com o "santo de casa" Eduardo Baptista: Náutico 0x3 Sport

Após a demissão de Geninho, o Sport colocou o preparador físico rubro-negro Eduardo Baptista para assumir pela primeira vez o comando do time. O filho do ídolo campeão da Copa do Brasil em 2008, Nelsinho Baptista, não demorou para mostrar resultado.

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Bastou um dia como treinador do Leão para Eduardo Baptista dar o troco no Náutico. Dentro da Arena Pernambuco e um dia após o preparador físico assumir o time como técnico interino, o Sport venceu o Timbu por 3x0 na primeira boa atuação em 2014. E de quebra assumiu a vice-liderança do Grupo D. Para passar de fase, o Rubro-negro ainda precisaria contar com um tropeço do Timbu contra o Botafogo-PB.

Capítulo 6 – Classificação no sufoco e na emoção: Sport 1x0 Botafogo-PB
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O Leão precisaria de um derrota do Náutico contra o Botafogo-PB para depender apenas de si na última rodada da primeira fase. E o Timbu tropeçou. O último confronto do Rubro-negro foi contra o Belo na Ilha do Retiro. Quem vencesse ficaria com a vaga às quartas de final. Durante o primeiro tempo, o 0x0 insistiu em não sair do placar. E permaneceu por mais 14 minutos após o intervalo. Durou até Neto Baiano dominar a bola no peito, acertar um chutaço e mandar a bola para as redes paraibanas.

À medida que o Sport perdia ofensividade e se recuava, Magrão era forçado a fazer as defesas que garantiram a vaga nas quartas de final com a ponta das luvas. Não foi com a melhor das campanhas. Foi a pior, diga-se: oito pontos nos seis jogos disputados. Mas o Leão passou.

Capítulo 7 – Caldeirão vazio e reencontro com o carrasco de 2013: Sport 2x0 CSA-AL; CSA 1X0 Sport
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De um lado o primeiro colocado do Grupo B, CSA-AL; do outro o segundo do Grupo D, Sport. E, entre os dois times, o silêncio incomum à Ilha do Retiro. Isso porque o Sport foi obrigado pelo STJD a cumprir, diante dos alagoanos, a pena do mando de campo com portões fechados. Justamente no mata-mata do torneio.

O CSA-AL trazia no comando o carrasco rubro-negro do Nordestão de 2013, o técnico Oliveira Canindé. À frente do Campinense – que se consagraria campeão – o treinador eliminou o Sport naquele ano também nas quartas de final da competição. Mas as coincidências ou superstições evaporaram quando Neto Baiano fuzilou a meta alagoana em 29 minutos. Ferron ainda marcou o dele e fechou a vitória por 2x0.

No duelo da volta, o CSA precisaria marcar, no mínimo, dois gols para eliminar o Sport com a bola rolando. Oliveira Canindé fechou o ferrolho na zaga alagoana e pressionou o Rubro-negro contra a parede. Aliás, contra a muralha chamada Magrão. O camisa 1 sofreu gol ainda no primeiro tempo durante os acréscimos, aos 48 minutos. Mas só. Nada mais passou pela linha da barra leonina na noite daquele 23 de fevereiro. E o Leão garantiu classificação para a semifinal, para enfrentar o Santa Cruz.

Capítulo 8 – Supremacia da multidão rubro-negra: Sport 2x0 Santa Cruz; Santa Cruz 1x2 Sport
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Antes mesmo do Clássico das Multidões pela Copa do Nordeste, os arquirrivais já haviam se enfrentado pelo Campeonato Pernambucano. O Sport goleou por 3x0. A promessa tricolor foi de dar o troco em um jogo que valesse classificação, já que a disputa no Estadual foi pela fase de Hexagonal do Título.

Quando a bola rolou no Ilha do Retiro, o Sport demonstrou a mesma dedicação tática. Aos 21 minutos de jogo, a torcida rubro-negra comemorou o primeiro gol: Neto Baiano, o artilheiro leonino abriu o placar. O Santa Cruz foi ao ataque e sofreu mais um, justamente na falha do jogador de maior confiança coral. Em cabeçada de Felipe Azevedo, o goleiro Tiago Cardoso aceitou uma bola completamente defensável: 2x0.

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As chances do Santa Cruz pareciam cada vez menores. Duas vezes derrotado no Clássico das Multidões, os tricolores precisariam marcar três gols na defesa que havia sido vazada quatro vezes durante toda Copa do Nordeste. Com apenas 18 minutos, o zagueiro tricolor Everton Sena tentou uma bicicleta, acertou o rosto de Danilo e foi expulso. O Sport ainda teve um pênalti desperdiçado por Neto Baiano, mas marcou com Rithely e Patric. O time comandado por Vica também conseguiu balançar as redes, mas apenas uma vez. Insuficiente para evitar a passagem do Rubro-negro à final.

Capítulo 9 – Clássico nordestino e Leão na final do Nordestão após 13 anos: Sport 2x0 Ceará

Na primeira edição em que a Copa do Nordeste dá direito à Sul-Americana, o Sport volta à final. Retorna à decisão 13 anos após ser derrotado pelo Bahia na final de 2001. Mas o Leão queria uma história diferente daquele ano que terminou como vice. Agora, em 2014. A história começou a ser reescrita na Ilha do Retiro, inundada por um mar vermelho e preto cantando em alto e bom som para intimidar o Ceará e empurrar os jogadores rubro-negros.

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Do outro lado, o Sport enfrentava a máquina de fazer gols do Nordestão, com 20 gols marcados. Mas, os alvinegros não passaram do esquema defensivo montado por Eduardo Baptista. Lá na frente, aos dez minutos, Neto Baiano voltou a marcar. O Ceará tentou de todas as maneiras, de fora e dentro da área. Nada passou. João Marcos ainda foi expulso por falta em Rithely. E aos 40 minutos veio o gol de misericórdia marcado por Danilo. O jogador contratado do América-MG - que havia perdido a avó recentemente - aproveitou cruzamento da direita e completou de canela: 2x0. Na comemoração, extrapolou, foi para a torcida, tirou a camisa, recebeu cartão amarelo e ficou suspenso para o segundo duelo.

Capítulo 10 – O Nordeste é rubro-negro: Ceará 1x1 Sport

O Ceará prometia reverter a situação da derrota por 2x0 na Ilha do Retiro. O resultado parcial do Sport era bom. Mas nada impossível para o time que, nas terras cearenses, aplicou 5x1 no Vitória nas quartas de final e 4x0 no América-RN na semifinal. Dentro da Arena Castelão, a torcida alvinegra marcou presença com mais de 60 mil pessoas.

Poucos eram os rubro-negros em meio à massa cearense. A torcida tentou empurrar o time da casa. Mas viu o Vozão sufocado pelo ataque leonino. Aos 41 minutos do primeiro tempo veio o gol do Ceará: Magno Alves recebeu cruzamento e desviou na primeira trave: 1x0. Os alvinegros comemoraram. Mas foi a única vez na noite. Isso porque, aos seis do segundo tempo, Aílton sofreu pênalti, Neto Baiano cobrou e mandou para as redes: 1x1.

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Os alvinegros, então, precisariam marcar mais três gols para vencer o Sport. Entretanto, era o rubro-negro quem mais atacava no jogo. Aos poucos, os cearenses foram abandonando o Castelão e tornando os gritos do Leão cada vez mais ecoantes: "o campeão voltou!".

Não deu para o Ceará. Após 13 anos, o Sport volta à final do Nordestão para conquistar o tricampeonato. Após cinco anos, Durval volta ao Leão para erguer uma taça. E provar que o Nordeste é vermelho e preto e ruge em alto e bom som até para quem não quiser ouvir.

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Personagens
Aposta Erico Júnior

O atacante defensor

Um sorriso protuberante oriundo de uma alegria contagiante. Nem mesmo nos momentos mais difíceis, Erico Júnior deixou de ser quem é: um garoto, sobretudo, um moleque, no bom sentido da palavra. Subiu ao profissional em 2013, teve algumas oportunidades, mas logo foi escanteado. Em 2014, uma nova chance, desta vez, dada por Eduardo Baptista e agarrada pelo atacante. Com 20 anos e em seu segundo ano no time principal do Sport, Erico Júnior, o ex-Pelezinho, conquista seu primeiro título pelo Leão.

O gesto de levantar a taça, sabor de gritar "é campeão" com a camisa vermelha e preta, e o prazer de colocar uma faixa no peito ele não teve nem mesmo nos juniores. "Passei apenas um ano na divisão de base do Sport e fui vice-campeão. Logo depois, subi para o profissional", ressaltou o atacante, agora, campeão do Nordestão.

Erico Júnior começou a Copa do Nordeste apenas como uma opção no banco de reservas. Geninho o acionou em algumas partidas, mas sempre durante poucos minutos. Esse status mudou com a efetivação de Eduardo Baptista. O novo treinador rubro-negro, de cara, o colocou como titular no clássico contra o Náutico. Confiança retribuída com boa apresentação e um gol na goleada por 3x0. O único do jogador na competição. Mas, não são os números que jogam a favor do atacante.

Personagens

Com Eduardo Baptista, Erico ganhou uma função tática importante. Atua pelo lado direito do ataque, porém, tem de marcar o lateral adversário. A aplicação e as características de velocidade e determinação o fizeram uma das peças importantes na conquista do título. "Felizmente, pude ser titular em alguns jogos, ir bem e ajudar o Sport. Agora, estou sendo reconhecido e vou trabalhar para dar continuidade durante o ano", afirmou.

Entretanto, antes de voltar a pensar no restante da temporada, ele se dá ao luxo de continuar a comemorar o título. "Estou muito feliz. Apenas um ano no time profissional e já conquistando o título. Contente com a campanha, com meu desempenho e com a conquista, que era o mais importante", disse o atacante, destacando o ponto crucial para o êxito do Sport.

"A união desse grupo fez com que conquistássemos esse título. Essa é a nossa marca principal. Todo mundo se ajudando, marcando e jogando. Foi assim que chegamos às vitórias e assim continuaremos", concluiu.

Comandante Eduardo Baptista

O responsável pela reviravolta do Sport

O marco do Sport na Copa do Nordeste foi no dia 30 de janeiro. Naquela data, o Leão deu uma reviravolta em sua história na competição, quando substituiu Geninho por Eduardo Baptista, até então interinamente, no comando da equipe. Logo na estreia, goleada em cima do Náutico por 3x0, na Arena Pernambuco. Em seguida, vitória sobre o Botafogo-PB e classificação garantida às quartas de final. Era o que o filho de Nelsinho Baptista precisava para ganhar a confiança dos rubro-negros.

Os bons resultados foram subsequentes e 15 dias depois o preparador físico foi efetivado como treinador. E com apenas dois meses como técnico, um título conquistado. E que título! A Copa do Nordeste, troféu que não era levantado pelos rubro-negros desde 2000. De quebra, o Sport ainda se garantiu na Copa Sul-Americana, pelo segundo ano consecutivo.

O curto tempo de carreira e as dificuldades não o impediram de sonhar. Desde que assumiu a equipe, já tinha os objetivos em mente. "Quem está no Sport, tem que pensar em títulos. Quando aceitei o desafio, disseram que só tínhamos 1% de chance. E eu disse aos jogadores que se tivéssemos 0,5% iríamos correr atrás. As coisas foram acontecendo, os resultados nos ajudaram e chegamos ao título", revelou o comandante rubro-negro.

Eduardo Baptista estava no Leão na última grande conquista do clube – a Copa do Brasil de 2008 – ainda como preparador físico. Nesta função, foi para o Japão, em 2009, e retornou em 2012. Nas duas temporadas na comissão técnica fixa do Sport, conheceu a equipe mais a fundo.

Personagens

"Saí na frente, ao assumir o time, por conhecer os atletas e a parte física deles. Isso facilitou muito. Estou há dois anos e meio, conheço a comissão técnica, sei como as coisas acontecem e dos trâmites do Sport. Tudo isso me deu know-how efoi fundamental no título", garantiu.

A primeira conquista de Eduardo Baptista teve muito de sua participação. Entretanto, o treinador divide os louros da vitória. "Tenho que agradecer muito aos atletas. Sem eles, não conseguiria nada. A confiança que depositaram em mim, no Pedro Gama e no Tacão foi fundamental. Se estamos aqui, é porque eles no colocaram. Só tenho a agradecer a esse grupo de atletas", pontuou.

Artilheiro Neto Baiano

A artilharia rubro-negra veste a camisa 9

O artilheiro do Sport na Copa do Nordeste tem nome, sobrenome e personalidade. Com o espírito brigador, Neto Baiano encarnou o desejo da torcida e logo criou uma identificação com os rubro-negros. Disposto em campo, matador com a bola nos pés e falastrão nas entrevistas. O atacante acumulou polêmicas durante a competição - principalmente antes dos confrontos diante do Náutico. Mas decidiu. E, no final, é isso que importa.

Neto Baiano marcou seis gols na competição e quebrou a escrita da "zica dos camisas 9" no Sport. Desses tentos, apenas um foi longe da Ilha do Retiro. Justamente, o primeiro na competição no clássico contra o Timbu. De pênalti, o atacante fechou o placar em 3x0.

Sempre participativo, os números do atacante são contundentes. Nem de longe Neto Baiano foi omisso. De onde ele pega, arrisca e chuta. Por consequência, foi o atleta que mais finalizou na Copa do Nordeste com 40 arremates. Desses, 16 foram à meta e 24 para fora. Também foi responsável por seis assistências – apesar de nenhuma ter resultado em gol - e ajudou também na defesa ao dar 22 desarmes.

Mas é gol que Neto Baiano sabe fazer. É essa a sua especialidade. Por isso, relembraremos, em fotos, as comemorações do jogador com a camisa do Sport nos cinco tentos:

Confira abaixo os gols de Neto Baiano:

Personagens
  • 1⩝ Náutico 0x3 Sport – 02/02/2014 (Terceiro gol do Sport - Neto Baiano de pênalti)
  • 2⩝ Sport 1x0 Botafogo-PB – 06/02/2014 (Gol de Neto Baiano)
  • 3⩝ Sport 2x0 CSA – 16/02 (1° gol do Sport - Neto Baiano)
  • 4⩝ Sport 2x0 Santa Cruz - 12/03 (1° gol do Sport - Neto Baiano)
  • 5⩝ Sport 2x0 Ceará - 02/04 - (1° Gol do Sport - Neto Baiano)
  • 5⩝ Sport 1x1 Ceará - 09/04 - (1° Gol do Sport - Neto Baiano)
Homem de confiança Renê

Do esquecimento à titularidade absoluta

Para o lateral-esquerdo Renê, esta temporada começou como terminou a última: sem perspectivas. O jogador rubro-negro não ganhava chances na equipe titular, nem mesmo nos treinamentos. O atleta sequer estava sendo relacionado para o banco de reservas. Este panorama só mudou após a efetivação de Eduardo Baptista como técnico. O treinador testou o garoto - criado nas categorias de base do Sport - numa verdadeira fogueira: no clássico contra o Náutico, na Arena Pernambuco, pela quinta rodada da Copa do Nordeste. O Leão venceu por 3x0 e, desde então, a camisa 6 é dele e sem contestação.

Personagens

Nessa montanha russa que o lateral viveu nos últimos meses, o título da Copa do Nordeste serviu para coroar o bom desempenho do atleta de 21 anos. E para encerrar, de vez, as desconfianças que ainda havia. "Sem dúvidas, é o meu melhor momento com a camisa do Sport. Há um ano, estava sem jogar. E, agora, sou titular e campeão. Não tem como descrever", afirmou.

Na Copa do Nordeste, o lateral-esquerdo teve papel importante na defesa. Porém, fez diferença no ataque. Ao lado de Aílton, foi o jogador que mais deu assistências a gol: três. Além disso, deu 23 desarmes e acertou 182 passes. Desde que ganhou a posição, Renê só ficou de fora por suspensão no confronto diante do Santa Cruz, no primeiro jogo da semifinal.

Personagens

Em campo, Renê retribuiu a confiança dada por Eduardo Baptista. Fora dele, não cansou de agradecer. "Foi um momento difícil ficar apenas treinando. Por isso, agradeço a oportunidade que Eduardo (Baptista) me deu. Tenho é que continuar correspondendo para não decepcioná-lo", finalizou o lateral-esquerdo.